Decorreu ontem, dia 12 de janeiro, a segunda sessão, deste ano letivo, da nossa comunidade. Tivemos o privilégio de receber nesta sessão um convidado, o colega Rui Lima, que nos veio falar das suas práticas, enquanto professor de primeiro ciclo do ensino básico que usa há muito as tecnologias digitais na sua prática letiva.
O Rui Lima é professor e diretor pedagógico no Colégio Monte Flor há 20 anos e tem estado envolvido em diversos projetos nacionais e internacionais relacionados com Inovação Pedagógica, Cenários de Aprendizagem, utilização de Tecnologias na Educação e Trabalho Colaborativo. Nos últimos anos, tem participado ativamente em iniciativas relacionadas com Ambientes Educativos Inovadores, Programação no 1º ciclo, Mudança de Paradigma Educativo e Gestão de Projetos na Aprendizagem. É ainda autor da obra “A Escola que temos e a Escola que queremos” e coautor do livro “Scratch e Kodu – Iniciação à Programação no Ensino Básico”.
O nosso convidado fez uma apresentação, de cerca de uma hora, onde, através do relato de exemplos concretos de projetos que leva a cabo com os seus alunos, nos apresentou a sua visão do uso das tecnologias digitais neste nível de ensino. No seu trabalho, muito centrado na metodologia de projeto, como nos explicou, usa as tecnologias digitais, mas muito mais. A par com a utilização de ferramentas tecnológicas, vimos exemplos de atividades realizadas em papel e em murais que os alunos contruíam.
Explicou-nos que, para si, é muito mais importante a metodologia do que a tecnologia e que esta deve ter o aluno no centro das suas aprendizagens, de forma a que exista uma tomada de decisões relativamente ao seu percurso. As tecnologias digitais podem ser ótimas ferramentas para apoiar esta metodologia de trabalho, a par de outras.
Falou-nos ainda da organização interna do colégio e de como os alunos têm oportunidade de participar em diferentes oficinas práticas, que decorrem semanalmente, em horário letivo, e onde as crianças põem as mãos na massa, literalmente na oficina de culinária, mas também na madeira e em muitos outros materiais.
Pelo meio, ainda houve tempo para nos falar de algumas ferramentas digitais que usa na sua prática, como o Genially para a construção de jogos de fuga, ou uma ferramenta integrada no Teams que possibilita o envio de ficheiros de áudio pelos alunos com análise da sua capacidade de leitura.
Fomos convidados para ir visitar o colégio presencialmente, convite que aceitaremos logo que a pandemia o permita.
Foi uma sessão muito enriquecedora. Obrigado, Rui, pela partilha e pela tua disponibilidade em partilhar o muito que sabes nesta área e o teu exemplo inspirador.
Ana Chambel e João Torres
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